Promovido
pelo Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável, o evento
realizado na sede do Legislativo paulistano contou com a participação do
coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi,
e do médico e vice-diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Marco Akerman.
Os
dois candidatos a prefeito da cidade, José Serra e Fernando Haddad, também
foram convidados para o evento. Entretanto, apenas o candidato do PT enviou
representante: o urbanista e vereador eleito, Nabil Bonduki.
O
presidente da Câmara Municipal, José Police Neto (PSD), e o vereador Carlos
Neder – que foi o autor da lei que deu origem ao Fórum Suprapartidário –
fizeram a abertura do seminário.
Em
sua apresentação, Maurício Broinizi, da Rede Nossa São Paulo, destacou que
Serra e Haddad assinaram a carta compromisso do Programa Cidades Sustentáveis.
“Certamente, vamos cobrar muito esse compromisso que foi assinado”, afirmou.
Após
explicar as ferramentas contidas no programa, incluindo 100 indicadores básicos
que afetam a qualidade vida das pessoas e exemplos de boas práticas já em
funcionamento em outras cidades, ele argumentou que a plataforma pode
contribuir para nortear o futuro Plano de Metas e o novo Plano Diretor de São
Paulo.
Broinizi
sugeriu ainda que o Plano Municipal de Habitação, que se encontra em tramitação
no Legislativo paulistano, não seja votado este ano. “Na véspera de se rever o
Plano Diretor, talvez seja o caso de fazermos esse debate de forma conjunta com
o Plano de Habitação e de um Plano Municipal de Trânsito e Mobilidade
Sustentáveis, pois estas coisas estão interligadas.”
Marco
Akerman, que já foi secretário municipal de Saúde de Guarulhos, destacou que a
discussão sobre o tema não pode ficar restrita ao atendimento das pessoas
doentes. “A gente acha que a saúde é muito mais do que está sendo discutida
nesta campanha [eleitoral]”, enfatizou.
Segundo
ele, todas as políticas públicas têm impacto na saúde. “Promover uma cidade
saudável é distribuir de forma igualitária recursos, serviços e informações”,
defendeu.
Clique aqui para
ver a apresentação de Marco Akerman.
Nabil
Bonduki, representante da candidatura de Fernando Haddad no debate, antecipou
que numa eventual administração petista da cidade será preciso, em primeiro
lugar, fazer uma avaliação do atual Plano Diretor. “Em que medida aqueles
objetivos estabelecidos há 10 anos contemplam uma cidade saudável e sustentável”,
ponderou.
Para
o urbanista, essa avaliação será muito importante. “Isso nos ajudará a saber
qual a cidade que queremos daqui a 10 anos e quais os instrumentos urbanísticos
e ações necessárias para chegarmos aos objetivos.”
Perante
dezenas de organizações da sociedade civil e cidadãos que participaram do
seminário, Bonduki declarou: “Há um compromisso do Fernando Haddad com o
diálogo e com a participação, com o Programa Cidades Sustentáveis, com a
descentralização e com a intersetorialidade das políticas públicas”.
O
seminário foi o primeiro evento público do Fórum Suprapartidário por uma São
Paulo Saudável e Sustentável, organização formada por representantes da
sociedade civil, cidadãos e vereadores, que foi criada recentemente no âmbito
da Câmara Municipal paulistana. A ideia dos integrantes do Fórum é realizar
outros debates, tendo sempre como foco a contribuição para o futuro Plano
Diretor da cidade.
Notícia publicada no site da Rede Nossa São Paulo
Notícia publicada no site da Rede Nossa São Paulo
Seminário defende desenvolvimento consciente em São Paulo
A Câmara Municipal de São Paulo recebeu na noite de 17/10 representantes de entidades civis, organizações não governamentais e cidadãos para o seminário “Cidades Saudáveis e Sustentáveis: Conceitos e Desafios", cujo objetivo foi discutir a importância do desenvolvimento consciente em uma grande metrópole como São Paulo.
Mediado
pelo diretor de comunicação do movimento Defenda São Paulo, Sérgio Reze, o
debate contou com a participação do coordenador da Rede Nossa São Paulo,
Maurício Broinizi, e do vice-diretor da Faculdade de Medicina do ABC, Marco
Akerman.
Durante
o encontro, os convidados ressaltaram a importância da participação dos
cidadãos em um novo plano diretor para a cidade e a necessidade de ampliar o
termo “sustentabilidade” para outras áreas das políticas públicas. “Saudável
não tem a ver exatamente com a saúde. É muito mais amplo. Tem a ver com uma
nova lógica de governança. Tem que ser pensado numa política pública
desfragmentada, que não trabalhe orçamentos, participações e recursos de forma
separada”, ressaltou Akerman.
Para
Broinizi, o primeiro passo para um desenvolvimento sustentável é aliar o plano
diretor a setores como o da saúde, habitação e transporte, entre outros, sem
prejudicar o meio ambiente. “O plano diretor serve para colocar a cidade dentro
de diretrizes para os próximos 10 anos, de forma que ela consiga crescer sem
piorar a qualidade de vida das pessoas.”
Segundo
ele, São Paulo é muito grande e ao mesmo tempo é muito centralizada. “Grande
parte dos empregos, de toda a estrutura da cidade está na região do centro
expandido. O plano diretor precisa olhar para isso para corrigir os erros e não
cometer mais erros num futuro próximo”, esclareceu.
O
vereador Carlos Neder (PT), autor da lei que deu origem ao Fórum, também defendeu
a união dos cuidados com o meio ambiente a outros setores públicos. “Estamos
tentando juntar a ideia do meio ambiente com a ideia da 'Cidade Saudável' para
mostrarmos que não adianta analisar a cidade do ponto de vista da moradia, nós
precisamos pensar o meio ambiente e a moradia, mas articulados também com
outras variáveis, como as questões relacionadas à saúde”, disse.
Evento na CMSP começa a moldar o novo Plano Diretor da Capital Paulista
Vanessa
Di Sevo
Quarta,
17 de outubro de 2012 20:19
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Excelente o conteúdo do sitio! Parabens.
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