A participação cidadã e o controle social na elaboração do Plano
Diretor Estratégico estão previstos no Estatuto da Cidade, explicitado, entre
outros, no artigo 2º, inciso II:
Art. 2º A política urbana tem
por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
II - gestão democrática por meio
da participação da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de
planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
A cidade de São Paulo, carente
de canais de participação cidadã na gestão pública nos últimos anos, está
novamente exercitando a prática de debater propostas para a gestão da cidade, em
espaços públicos e canais constituídos para isso.
O Programa de Metas, a
Conferência da Cidade, a Conferência Municipal de Meio Ambiente e as Oficinas Participativas para elaboração coletiva de
propostas para a revisão do Plano Diretor Estratégico, são algumas das várias
possibilidades de diálogo entre cidadãs e cidadãos e o poder público municipal.
Debates organizados pela
sociedade civil sobre a revisão do Plano Diretor, como o Ciclo do Fórum Suprapartidário, os seminários sobre
indicadores e metas promovidos pela Rede Nossa São Paulo, entre tantos outros
debates promovidos por organizações, movimentos e mandatos de vereadores,
oferecem para a gestão de São Paulo e para a sociedade, a possibilidade de
explicitação democrática de consensos e de conflitos e a construção participativa de
propostas e de políticas públicas.
A mobilização para que um número
cada vez maior de pessoas participe destes canais e exercite o controle social é fundamental e dever daqueles que
defendem a construção de uma cultura democrática na gestão pública e que querem que São Paulo seja uma
cidade justa, solidária, saudável e sustentável, e
que proporcione às atuais e futuras gerações o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao
transporte e aos serviços públicos, ao trabalho, ao lazer e um ambiente
equilibrado e com sadia qualidade de vida.
Revisão Participativa do Plano
Diretor Estratégico de São Paulo - PDE
As Oficinas Participativas para
elaboração coletiva de propostas para a revisão do Plano Diretor Estratégico,
organizadas pela prefeitura, estão sendo realizadas aos sábados nas
Subprefeituras.
A Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano - SMDU divulga no endereço www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br que
qualquer pessoa, movimento ou organização pode entregar propostas para a
revisão do PDE, por meio de um formulário disponível em meio eletrônico no SITE ou em papel nas oficinas, que têm como
objetivo promover o debate para a elaboração e entrega de propostas
coletivas.
A SMDU divulga também que fará,
na quarta etapa da revisão do PDE, uma devolutiva das propostas e
contribuições apresentadas pela população e a discussão da minuta do Projeto de
Lei que será enviada para a CMSP.
Veja AQUI as datas
e endereços das próximas oficinas. Saiba AQUI as regras para o preenchimento dos
formulários de propostas. Conheça AQUI as propostas apresentadas nas
Oficinas que já foram realizadas desde o dia 08 de junho/13. Conheça o Mapeamento Colaborativo. Conheça AQUI as contribuições do Fórum
Suprapartidário para a revisão do Plano Diretor Estratégico de SP.
Participe. Mobilize.
12 Objetivos do Plano Diretor Estratégico em debate nas oficinas participativas:
1. Ampliar as
oportunidades de trabalho com distribuição na cidade toda;
2. Melhorar a
qualidade do transporte coletivo público e as condições para ciclistas
e
pedestres reduzindo
congestionamentos;
3. Maior
aproveitamento dos terrenos ao longo dos principais eixos de transporte
coletivo
com moradias e
trabalho;
4. Diminuir os
impactos negativos dos empreendimentos e infraestruturas;
5. Proteger e
recuperar o patrimônio ambiental (rios, represas, vegetação, qualidade
do
ar);
6. Proteger e
recuperar os diversos patrimônios culturais;
7. Ampliar o acesso
às terras urbanas para a produção habitacional de interesse social;
8. Melhorar as
condições de vida e de moradia nas favelas e loteamentos irregulares
com
regularização
fundiária;
9. Solucionar os
problemas nas áreas com riscos de inundações, deslizamentos e solos
contaminados
existentes e prevenir o surgimento de novas situações vulneráveis;
10. Melhorar a
oferta de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas nos
bairros;
11. Promover
espaços urbanos qualificados para grupos sociais vulneráveis
(crianças,
idosos, gestantes,
pessoas com deficiência);
12. Fortalecer o
planejamento e a gestão urbana, descentralizados com participação e
controle
social.
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